quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Camapnha da Fraternidade 2010

Campanha da Fraternidade deseja incentivar participação comunitária



Foi aberta nesta Quarta-Feira de Cinzas, 17 de fevereiro de 2010, em Brasília, Distrito Federal, a Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) de 2010 com o tema “Economia e Vida” e o lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro (Mt 6, 24)”. O evento contou com a participação dos representantes das cinco Igrejas membros do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), responsável pela Campanha deste ano. Durante a abertura da CF 2010, cada representante falou à imprensa presente sobre os objetivos centrais da Campanha. O secretário-geral do Conic, Reverendo Luiz Alberto Barbosa, destacou a importância da CFE para a sociedade, de modo especial com a temática tratada este ano. “Com esta Campanha, queremos colaborar com uma economia a serviço da vida fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e das pessoas de boa vontade, tendo em vista uma sociedade sem exclusão”, enfatizou.
O representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no ato, o Arcebispo Metropolitano de Montes Claros (MG), Dom José Alberto Moura, leu a mensagem do Sumo Pontífice, o Papa Bento XVI, para a CFE, na qual ele destaca a temática da Campanha para a libertação das pessoas da escravidão do dinheiro. Em sua fala, Dom Alberto, que é presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Interreligioso da CNBB, ressaltou a importância da Campanha Ecumênica para reforçar os laços que unem as Igrejas membros do Conic. “O ecumenismo nos faz testemunhar a fé em um único Deus, além de reforçar esses laços e indicar que todos somos os seus filhos; e nessa união, queremos nos colocar a serviço d'Ele”.
Questionado se a Campanha apresentará, durante o seu desenvolvimento, ao longo de 2010, um novo modelo de economia “mais solidário” do que o atual, o Arcebispo de Montes Claros respondeu. “A economia não é algo odiado, porém é preciso atentar para o seu modo de usá-la e desenvolvê-la. Não fazemos uma crítica a uma pessoa ou governo, mas a uma mentalidade de concentração de renda e de colocar a economia como finalidade de vida em que poderíamos olhar mais a pessoa humana, principalmente as pessoas excluídas que devem ser mais consideradas”, frisou. Dom Alberto Moura falou ainda que a estrutura da Campanha não parte do econômico e ideológico, mas do Evangelho. “É justamente com o espírito da Quaresma que queremos colocar em discussão a economia que nos serve. Não vamos apresentar um novo modelo e derrubar o que está aí, mas queremos com esse tema dar mais razão à pessoa do que ao econômico”, completou.

Palavra do presidente do Conic

“A temática da CFE-2010 nos coloca na posição de nos perguntarmos a quem, a rigor, queremos servir, se é a Deus ou ao dinheiro”, disse o presidente do Conic, o Pastor Sinodal, Carlos Augusto Möller, citando o lema da CFE. De acordo com ele, a frase bíblica representa uma inquietude de Jesus Cristo, sobre a escolha que devemos fazer também nos dias de hoje. “Sobre a discussão que vamos travar não só nas igrejas, mas também na sociedade, de modo geral, essa mesma inquietude de Jesus deve também ser discutida nos dias atuais, em que o lucro a todo o custo se sobrepõe à vida”, sublinhou. O presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e moderador do Conselho Mundial de Igrejas, Pastor Dr. Walter Altmann, disse que a Campanha é favorável para que as pessoas participem de suas comunidades, com o objetivo de transformar o mundo, hoje, “marcado por tanta violência e tamanhas injustiças”.
( Matéria retirada do site : www.arquimoc.org.br )
Sites Relacionados


www.cnbb.org.br

www.conic.org.br

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